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Holodrama — Uma síntese da nossa história.
/0 Comentários/em Autoconhecimento, Futuro, Life Coaching, Meditação, Transição /por Fabio NovoAmigos, a primeira edição do Holoplex está esgotada mas público aqui para vcs o primeiro capítulo Holodrama na íntegra. É uma síntese da nossa situação atual, abordando as origens da crise global, as ondas do despertar da consciência, a emergência da sociedade em rede e da nova geração e a importância da autoconexão e da escolha consciente em nossas vidas. Chegou a hora de nos libertarmos do Holodrama. Om
Holodrama- A viagem
Estamos prontos para mais uma viagem. Todos os preparativos já foram feitos. Todas as condições e os pré-requisitos, preenchidos. As possibilidades de roteiro já foram analisadas. Os recursos energéticos e conscienciais, disponibilizados. Já simulamos os possíveis cenários. Estudamos a cultura e os costumes do nosso destino. Já treinamos a nova língua e simulamos nossos futuros papéis. Nossos companheiros de viagem estão selecionados. Nossos pais já seguiram bem antes de nós e se preparam para nos receber. Nossos filhos e netos irão em breve. Nossos irmãos e amigos também se preparam. Fizemos projetos, combinações, pactos e alianças com cada um deles. Estamos felizes e ansiosos. Investimos muito tempo em nossa preparação.
Esta viagem é um grande desafio e uma rara oportunidade de aprendizado. Queremos vivê-la plenamente. Queremos acertar, curar o que precisa ser curado e evoluir. Aprendemos muito com os erros das viagens anteriores e não queremos mais repeti-los. Não queremos mais a inconsciência nem o sofrimento. Estamos integrados, conscientes, confiantes e gratos ao Universo por mais esta chance. Nossas malas estão repletas de amor, sonhos, vontades, desejos, intenções e conhecimentos.
Com passaportes, vistos e passagens no coração, estamos prontos para transmigrar. O sinal da partida ressoa. Damos um último adeus aos nossos amigos de todos os tempos. Nosso Mestre sorri. Nossos guias nos acompanham. Nossos companheiros de viagem se acoplam.
A luz violeta acende. A conexão é estabelecida, equalizamos a energia, sintonizamos a consciência e saltamos no infinito para uma nova vida.
“É mais ou menos assim que iniciamos nossas vidas aqui na Terra.”
Após partirmos do nosso domicílio astral, a nossa verdadeira casa, nos manifestamos fisicamente nesta dimensão.
Nossa primeira tarefa por aqui será a efetivação do hiperlink energético-consciencial com o embrião que começa a se formar logo após a concepção. Para tanto, injetamos a nossa matriz holográfica de energia e consciência no zigoto — a primeira célula configurada como resultado do encontro entre o espermatozoide paterno e o óvulo materno.
A partir deste momento, a conexão e a relação com este novo veículo biológico (corpo físico), com esta mãe, com esta família e com este mundo estão, em termos físicos, energéticos e conscienciais, estabelecidas.
E, então, começa o drama humano.
Holodrama – A desconexão
Uma vez conectados ao mundo, à dimensão física e às influências do campo eletromagnético terreno, inicia-se a luta da nossa consciência pela manutenção de sua integridade essencial.
Desde que a hiperconexão é estabelecida com a primeira célula, e até o final da vida deste corpo na Terra, a consciência será exposta e irá interagir com todo tipo de energias. E a esta interação cada pessoa reagirá de uma forma absolutamente única, singular e exclusiva. Aquilo que usualmente chamamos de “a nossa vida” será o resultado da confluência desse amplo conjunto de forças que poderiam ser resumidas como forças secretas, forças internas e forças externas.
As forças secretas são as programações da nossa consciência, encriptadas na essência, enquanto as forças internas são as nossas tendências genéticas e psicológicas; já as forças externas são todas as influências que vêm do mundo exterior.
Uma das mais fortes influências recebidas no princípio da vida, além da genética, é a materna. O estado psicológico da mãe e seu estilo de vida — que inclui desde a qualidade da alimentação, do sono, dos pensamentos e sentimentos até a vibração dos ambientes que frequenta e das pessoas com quem ela se relaciona, especialmente do pai — impactarão diretamente o novo Ser em formação.
A matriz da consciência energeticamente hiperconectada ao pequeno corpo tentará, desde o princípio, manter-se íntegra e integrada à sua essência vital. Mas essa luta de vida e morte, inevitável e fatal, e que acontece no invisível, é praticamente vã. Nesse estágio do processo de desenvolvimento, a consciência ainda não tem condições de fazer muita coisa a seu favor, a não ser se interligar ao veículo físico e filtrar, de forma limitada, as influências energéticas desestabilizantes vindas de dentro e de fora.
“O processo de nascer neste planeta é bastante complexo. Na transição de uma dimensão à outra, o centro de gravidade da consciência passa por uma equalização vibracional em proporção astronômica. “
Antes de nos manifestarmos nesta dimensão, estávamos no mundo espiritual e num estado de autoconsciência mais amplo, isto é, com um grau maior de discernimento sobre a realidade e sobre nós mesmos. Mas, ao iniciarmos o processo da vida na Terra, e ainda no útero de nossas mães, a nossa consciência praticamente se eclipsa, nos esquecemos de quase tudo e mergulhamos nas profundezas amnióticas da inconsciência, da qual ressurgiremos, se tudo der certo, e dependendo dos nossos créditos kármicos, alguns anos depois.
Numa hipótese bastante genérica, podemos supor que, se tínhamos 1 milhão de unidades de consciência (kons) antes de nascer, no momento do nascimento teremos algo como 10 mil kons (1%).
Na prática, o tamanho do afunilamento consciencial gerado pela transição entre os mundos sutil e físico é ainda, para nós, incalculável, mas não há dúvidas de que esse processo deixa sequelas energético-conscienciais profundas. E as principais, potencializadas pelos choques energéticos ocorridos durante a concepção, a gravidez, o parto e os primeiros anos de vida, são a fragmentação da unidade da consciência, a quebra da sua integridade, a perda de memória e a desconexão com a essência. Ao nos desconectarmos da essência, nos desconectamos da vontade, do amor, da liberdade, da espontaneidade, da criatividade e do fluxo evolutivo natural.
Diante dessa situação desoladora, a criança não terá outra opção a não ser sentir medo, e dele se defender como puder. Vulnerável e refém das circunstâncias, ela irá buscar soluções que possam garantir minimamente seu bem-estar. Dormir, chorar, adoecer, gritar, imitar, rir, brincar, experimentar, aprender e se adaptar — este será seu caminho para viver neste estranho mundo e, assim, garantir o seu leitinho, o seu colinho e a sua cota mínima de amor, atenção e segurança, requisitos fundamentais para assegurar a sua sobrevivência e o seu desenvolvimento.
“Esse é um roteiro básico pelo qual quase todos nós passamos. Ao interagirmos com o meio ambiente, iniciamos um processo interno de negociação e escolhas mais ou menos inconscientes que resultam numa complexa trama de táticas e estratégias que, repetidas à exaustão, se configuram num mecanismo automatizado de ser, estar, agir, reagir, sentir, perceber, movimentar e pensar. Esse sistema de padrões, crenças, hábitos, programas e condicionamentos chamamos genericamente de personalidade.”
A personalidade, ou a rede de personalidades, é uma grande conquista da consciência. Ela se ativa quando nascemos e se desenvolve ao nos adaptarmos e nos ajustarmos ao ecossistema familiar, educacional, cultural e social. Sem ela, não conseguiríamos sobreviver neste mundo louco e cruel. O problema é que, quando as nossas múltiplas personalidades são ativadas, frutos da fragmentação da consciência, nós tendemos a nos identificar com algumas delas, ao mesmo tempo que nos desidentificamos da nossa verdadeira essência. Ou seja, ao nascer a personalidade, morre a conexão com a essência.
A perda de conexão com a essência gera um vazio existencial de onde brota medo, angústia, ansiedade, solidão e desespero. Com o luto instaurado e o sofrimento garantido, só nos resta seguir fragmentados pela vida afora, buscando preencher o vazio com ilusões de todos os tipos.
A crise
Ao projetarmos essa situação no espaço e no tempo, multiplicando-a por 7 bilhões e inserindo-a nos limites do planeta Terra, chegamos aos dias de hoje e à sociedade contemporânea. E o que observamos?
“O que observamos é que a consciência coletiva passa pela mais ampla, mais rápida e mais profunda transformação da sua história recente num processo irreversível de transmutação, que é o resultado do encontro de um inimaginável conjunto de forças que ressoam por todas as instâncias do planeta e dimensões da consciência humana.”
O que observamos é que as drásticas transformações ecológicas, econômicas, geopolíticas, sociais, culturais, energéticas, educacionais, comportamentais e espirituais que vemos no mundo atual não são diferentes da turbulência, dos conflitos, da crise e da mutação que borbulham em nossas próprias mentes e células, e vice-versa.
Consciência individual e consciência coletiva, hiperconectadas por meio de infinitas redes multidimensionais de energia e informação, estão se refletindo para si mesmas de uma forma cada vez mais intensa e perceptível.
O que observamos é um alto grau de perplexidade, desorientação, ansiedade e desespero diante da magnitude e da complexidade desses acontecimentos sistêmicos, dos quais somos partes inseparáveis e aos quais estamos irremediavelmente interligados, sendo ao mesmo tempo a sua causa e os seus efeitos.
O que observamos é que nós, seres humanos, estamos perdidos, doentes e em apuros. Esquecidos de quem realmente somos e do que queremos, longe dos nossos verdadeiros sonhos, e sem compreender o que está acontecendo, o que devemos fazer, para onde e como devemos ir, simplesmente estamos colapsando.
O que observamos é que estamos vivendo num alarmante estado de fragmentação, desconexão e intoxicação — entupidos de agrotóxicos, alimentos geneticamente modificados, produtos químicos, água e ar contaminados; saturados por ondas eletromagnéticas de todos os tipos; viciados em álcool, drogas, remédios, TV e mídias sociais; ludibriados pela propaganda; bombardeados por torpedos, virais, memes, posts e tweets; e consumidos por trabalho extenuante, repetitivo, competitivo e sem significado. Como resultado, nossos corpos estão esgotados, os sentidos anestesiados, as emoções embaralhadas, reprimidas ou descontroladas e a mente caótica, hiperativada e infectada por lixo satelital.
“Hipnotizados pela mídia, colonizados pela cultura, teleguiados pela igreja e reféns do entretenimento, da moda, do sistema econômico, educacional, político e de saúde, sobrevivemos no modo automático, imersos num campo de estresse e atolados em dívidas, impostos, obrigações, compromissos e responsabilidades de todos os tipos.”
O que observamos é que estamos enredados numa perigosa armadilha. Exilados de nós mesmos e sem espaço e tempo para o lazer, para o prazer, para o lúdico, para o criativo, para a reflexão, para a relação, para o amor e para a vida espiritual. E, longe da natureza, do sentido e do significado, nos mantemos num constante estado de tensão, competição e luta pela sobrevivência, alimentando um estilo de vida incoerente e autodestrutivo.
Distantes da nossa essência, tragicamente esquecida em meio ao caos, e buscando desesperadamente preencher o vazio existencial que nos assombra, somos presas fáceis nas garras afiadas das indústrias do ego, do consumo, da manipulação, da corrupção, da violência, do escapismo, da desinformação e do medo.
Como um coletivo de icebergs sonâmbulos, flutuamos desacordados num oceano de ilusões, inconscientes da nossa real condição. Andamos, falamos, comemos, trabalhamos, acasalamos, procriamos e acumulamos sem perceber que estamos sonhando. Sonhamos sem perceber que estamos dormindo. Dormimos sem perceber que estamos vivos. Vivemos, sofremos, morremos e renascemos, mas não sabemos por quê.
Este é um triste retrato de grande parte da humanidade, que se diz moderna, livre e avançada, mas que, na verdade, está entorpecida, deprimida, infantilizada e muito aquém do seu verdadeiro potencial.
Como dizia Novalis, o poeta místico alemão do século XVIII:
[…] o homem possui potencialmente todas as harmonias e ressonâncias do Universo, mas no mundo moderno vive oprimido pelo esquema rígido; perdeu a harmonia, é um ser angustiado. Resgatar o homem musical que jaz em cada um de nós poderia ser o projeto de futuro.
O chamado
Felizmente, para nós, esta ainda não é toda a verdade. Porque não somos apenas vítimas indefesas das sombras do passado e da inconsciência. E, se há um movimento patológico de resistência à mudança e apego ao sofrimento, existe também um movimento emergente, e simultâneo, em direção à liberdade, à cura e ao despertar da consciência.
Acredito que este momento particular da história da humanidade será lembrado no futuro, dentre outros importantes acontecimentos, como o marco da síntese entre ciência e consciência, psicologia e espiritualidade, ativismo e tecnologia.
Foi-se o tempo em que os campos do conhecimento viviam sozinhos e isolados em suas cavernas e guetos, desconectados uns dos outros e do todo. O que acontece agora, estejamos conscientes ou não, aceitemos ou não, é o hiperprocesso de síntese entre um conjunto de forças, visíveis e invisíveis, que se auto-organizam em rede e se movimentam exponencialmente de forma inovadora e irreversível, no sentido de transmutar a qualidade vibracional da Terra e dos seres que nela vivem, levando-os para um novo patamar energético e consciencial.
Na esfera pessoal e cotidiana, podemos identificar o desdobramento desse processo diante e dentro de nós mesmos, com uma crescente e surpreendente nitidez. Basta pararmos por um instante e fazermos uma pequena retrospectiva dos acontecimentos no mundo e em nossas vidas nos últimos 5, 10 ou 20 anos. Tenho certeza de que nós concordaremos com o fato de que a intensidade, a rapidez, a profundidade e a complexidade das transformações que já ocorreram, e que ainda estão em curso, são, no mínimo, surreais.
“Essa megatransição, que está em seu limiar, pode ser percebida como um choque de ondas e se traduz, quando olhamos pela perspectiva do que está morrendo, como um doloroso e ainda indefinido processo de desconstrução ou reconfiguração sistêmica global, com suas intrínsecas e cada vez mais explícitas ameaças de destruição, violência, guerras, epidemias, falta de água, fome e desemprego, que espalham medo e dúvida e desestabilizam as estruturas da sociedade mundial.”
Mas, quando olhamos o que acontece da perspectiva do que está emergindo, identificamos uma nova onda embalando o florescimento de uma nova geração. Esse “novo” vem amplificado pela tecnologia e se revela, por exemplo, nos contagiantes movimentos sociais que se alastram pelos mundos real e virtual, e que expandem em escala exponencial o nível de informação, comunicação, integração, inovação, mobilização, articulação, interação e transformação de toda a sociedade, em todos os níveis.
Essa onda de expansão da consciência, sustentada e potencializada por uma sociedade hiperconectada em rede, ressoa nas malhas neurais e se alastra em nossas células, convidando-nos a dar um salto quântico através da nuvem do medo e do passado, rumo ao futuro e à evolução.
Estamos sendo coletivamente convocados para uma reinvenção urgente do atual modelo civilizatório a partir de uma profunda revisão em todos os sistemas — institucional, político, religioso, educacional, social, ético, ambiental, cultural, econômico, financeiro, psicológico, energético e consciencial.
Esse chamado convida-nos para uma ação criativa e inovadora, pedindo-nos amorosidade, consciência, coragem e confiança para realizarmos um processo de integração e harmonização global que proporcione a libertação da humanidade de seus padrões de pensamento, sentimento, comportamento e relacionamento negativos; de suas crenças, condicionamentos e visões de mundo limitantes; e de seu estilo de vida autodestrutivo e insustentável.
O despertar
O processo para o despertar individual e coletivo vem crescendo ao longo das últimas décadas e recebeu um impulso extra a partir da década de 1980, época que coincidiu com alguns fatos importantes: o surgimento de uma nova geração, mais rápida, mais independente e mais consciente; o aumento no grau de conectividade e integração da sociedade global, promovido principalmente pela internet; e o registro de consideráveis alterações acontecidas no Sol e na intensidade dos fluxos solares que chegam até a Terra, e que potencializam mudanças climáticas e modificações no campo eletromagnético do planeta.
“Estes fenômenos planetários, associados a outros, como a mudança no eixo de rotação da Terra, estão efetivamente acelerando o quantum vibracional do planeta, um processo multidimensional que favorece a transmutação do denso em sutil, do inconsciente em consciente, do velho em novo.”
Assim como o calor transforma gelo em água e água em vapor, o fato de existir, numa escala crescente, mais luz no planeta ressoa em todas as camadas vibratórias da consciência, afetando o nosso campo eletromagnético e induzindo o despertar.
A aceleração e o incremento da luminosidade revelam com mais clareza, e de forma não raro explícita, como temos observado, com as recentes crises, aquilo que não funciona mais e que precisa ser transformado agora, tanto no nível individual como no coletivo. Esse impulso surge para concretizarmos as mudanças necessárias e atualizarmos todos os sistemas operacionais de gestão pessoal e de organização coletiva global.
Além disso, mais energia facilita o acesso a faixas de consciência mais sutis, como a noosfera, a esfera da mente, uma faixa de frequência sutil que nos permite plasmar a nossa realidade através do pensamento, da imaginação e da intenção. Nessas e em outras dimensões, entramos em estados expandidos de consciência, ativamos outras visões e acessamos as informações, a inspiração e a orientação de que precisamos para compreender nossas vidas e encontrar o nosso caminho evolutivo.
“Ao nos sintonizarmos com frequências mais altas e profundas, de forma centrada e lúcida, abrimos os canais de percepção e de conexão com a nossa essência e, por meio dessa reconexão, ativamos a energia necessária para resgatar a nossa integridade perdida e realizar a nossa missão existencial.”
Essa elevação da frequência vibratória já está presente em nossas vidas e se manifesta, por exemplo, em sincronicidades e em experiências transcendentais espontâneas, como intuições, sonhos lúcidos, premonições e percepções hipersensoriais. Pode também ser identificada numa vontade urgente de modificar algo importante na vida, como mudar de cidade, trabalho e relacionamento; melhorar a alimentação, cuidar do corpo e voltar a estudar; ou participar de atividades mais significativas, como projetos ecossociais, movimentos políticos, grupos de cura, práticas espirituais etc.
Esses sinais estão brotando em nossas vidas nas mais variadas intensidades. Acumulam-se e combinam-se em escala crescente e rapidamente se transformam numa onda interna, inédita e forte o suficiente para proclamar uma nova e urgente necessidade — a necessidade de evoluir, agora.
A maioria de nós já ouviu esse chamado. Mas cada um interpreta e reage a ele como pode, ou como quer, de acordo com o seu grau de maturidade. Muitos o reprimem por medo do desconhecido; outros, por comodismo, fingem que não ouviram ou que não é com eles. E sempre há aqueles que deturpam a mensagem e, ao invés de mudarem sua consciência, modificam coisas superficiais. Felizmente, um número crescente de pessoas reconhece a boa notícia, dedicando-se a implementar as mudanças necessárias em suas vidas para estas ficarem alinhadas com suas verdades essenciais e com o fluxo evolutivo do todo.
A geração glocal
Além desses macrofenômenos planetários, um outro importante acontecimento está impulsionando positivamente a transformação da consciência humana em direção à sua evolução coletiva: o florescimento de uma nova geração, a geração global.
“A geração glocal (global + local) caracteriza-se por possuir um alto grau de conectividade, independência, engajamento, intuição e consciência. Vivendo numa sociedade hiperconectada, essa nova geração traz não só novas agendas, paradigmas, perspectivas, prioridades, temas e ritmos, como também diferenciadas formas de ser, de fazer, de viver, de aprender, de criar, de se comunicar e de estabelecer relações.”
Com uma visão mais aberta e orientada para o novo e para o todo, com um pensamento mais ecossistêmico e com uma ação mais colaborativa, essa nova geração está pronta para transformar o mundo.
Amantes da tecnologia, da liberdade e da velocidade; mais tolerantes em termos étnicos, culturais e sociais; mais viajados, mais bem educados, mais articulados, mais informados e mais empreendedores; mais engajados politicamente, mais éticos e mais responsáveis nas questões ecológicas; mais flexíveis em seus relacionamentos e mais sensíveis em termos espirituais; e menos dispostos a se submeter a estruturas hierárquicas rígidas e burocráticas — esse é o perfil básico dos integrantes dessa geração, a semente viva do nosso futuro.
Ela vem para transmutar e celebrar, cocriar e cooperar, configurar e instalar o sistema operacional integral, o novo sistema de gestão planetária global, que será a plataforma multidimensional integral sobre a qual a nossa civilização se desenvolverá neste milênio.
Uma inovação nesse processo em curso é que essa nova geração, embora mais facilmente encontrada entre crianças, adolescentes e jovens urbanos, não se limita apenas a uma faixa etária, econômica ou social; ao contrário, encontra-se presente em todas as camadas da sociedade e caracteriza-se pela multidiversidade. Isto significa que há pessoas de todas as idades, culturas, religiões, regiões e etnias, e de todas as classes econômicas, educacionais e sociais que se identificam com o chamado para a transformação inovadora que move a geração glocal.
Muitos dos participantes dessa geração que nasceram antes dos anos 1980, dentro dos quais me incluo, vieram com o papel de preparar o campo e tecer a ponte entre o passado e o futuro, facilitando o caminho para os mais novos.
Em geral, os que vieram antes só despertaram mais tarde, numa outra fase da vida, e tiveram que se trabalhar muito mais em termos energéticos e espirituais, enquanto boa parte dos mais novos já nasce com os canais sutis mais abertos, com zonas cerebrais especiais pré-ativadas e com novas configurações genéticas, além de encontrar um campo energético mais favorável para a conexão espiritual e para o despertar da consciência.
A escolha
Este chamado global para despertar e evoluir traz implícito um caráter de emergência, que é a mesma urgência dessa geração para mudar o mundo e salvar o planeta, já que uma é reflexo da outra e, na essência, ambas são da mesma natureza e atendem ao mesmo propósito.
As escolhas que todos nós fazemos a cada vida, a cada dia e a cada instante, consciente ou inconscientemente, é que determinarão o nosso futuro aqui na Terra.
Chegou o momento de decidir quem queremos ser e qual caminho desejamos seguir. A escolha está em nossas mãos, nossos corações e mentes. Podemos manifestar a abundância iluminada da Consciência Suprema ou permanecer vítimas de nós mesmos e da inércia ancestral, enjaulados na ilusão e acuados diante do medo e do sofrimento.
Muitos já despertaram, muitos estão próximos do despertar, muitos querem e não sabem como, porém uma grande maioria ainda não se decidiu.
Mas essa não é uma decisão superficial ou politicamente correta. Dizer sim à Luz significa, para cada pessoa, mergulhar em si mesmo e manifestar na sua vida toda a força brilhante da luz da essência. Significa transformar-se a partir de dentro, construindo uma forma de estar neste planeta que se traduza num estilo de vida mais consciente, saudável, harmônico, ético, amoroso, integrado, sustentável e respeitoso para com a natureza e com o outro. Significa amadurecer e abandonar padrões de comportamento autodestrutivos. Significa despertar para a realidade que pulsa viva além do passado, além da mentira e além de si mesmo. Significa dizer sim ao novo e se entregar, com vontade, ao projeto de construção de uma nova civilização e de uma nova era.
“O processo do despertar é um processo viral e se alastra incandescente pela rede de conexões humanas como uma epidemia luminosa. E, por estarmos hiperconectados em múltiplas dimensões simultâneas, quando nos curamos, imediatamente irradiamos os benefícios da nossa cura para todos. Ao nos conhecermos, ajudamos todo o sistema a se reconhecer. Ao mudarmos, modificamos o mundo. Ao evoluirmos, contribuímos para a evolução do todo.”
Este é o caminho para a libertação do holodrama, o drama da consciência humana, encenado por todos nós, juntos, há milênios, na trama da ilusão.
— Holodrama primeiro capítulo do livro Holoplex, de Fabio Novo