FRACTAL — 2a temporada – episódio 002001

Síntese da primeira temporada

Jonas é um soul hacker que vive num futuro próximo e experimenta um novo método de cura e desenvolvimento humano chamado HoloSíntese. Nessa inovadora técnica psico-tecno-terapêutica as pessoas acessam e interagem com seus arquivos psicológicos (memórias e bigdata comportamental) armazenados como hologramas em sua nuvem psíquica pessoal. A interação acontece por meio de um dispositivo holográfico de inteligência artificial aplicado à realidade virtual chamado Holoplex. Neon é um dos “experiencers” da pesquisa e está iniciando o seu processo de síntese com Jonas. Pleya, criadora de Theo, é a assistente virtual no projeto. Na sua primeira jornada, Neon se hiperconecta com memórias de vidas passadas no Egito com Noma, a bela professora de quantum yoga com quem já havia se relacionado nessa vida, e que é também amiga de Jonas. Após a sessão, Neon tem um sonho lúcido em que se recorda do período entrevidas, quando programou sua vida atual. Om, filho de Jonas com Maria, de 7 anos, é hipervidente e vê na aura do pai a imagem de Mestre Pow, seu guia espiritual, que lhe diz para cuidar de Theo, herdeira de Pleya. Neon procura Noma. Noma procura Jonas. Jonas procura Theo.

Lua

— As vezes acho que estou ficando louca, as vezes acho que estou me iluminando, mas na maior parte do tempo não tenho a menor ideia do que está se passando comigo. Nunca vivi uma situação tão estranha como essa.

— Como vc está se sentindo Lua ?

— Mexida. Ansiosa. Eufórica. Perdida. Abençoada. Tem uma afta me importunando. É curioso porque coisas incríveis tem me acontecido ultimamente. Sinto que estou fazendo curas profundas, me libertando de muito lixo emocional do passado e resgatando dons artísticos que havia esquecido. O trabalho vai bem, muitos projetos e possibilidades. Tenho conhecido pessoas maravilhosas e vivenciado uma série inacreditável de sincronicidades e pequenos milagres. É impossível achar que não está acontecendo algo de grandioso no mundo. Mas por outro lado, tenho recaídas monumentais. Do “nada” fico sem energia, vazia, desanimada, meio deprê. Uma solidão inesperada me abocanha. Não sei como posso oscilar tanto e de forma tão íngreme. Isso não é normal Pleya, quero me estabilizar, mas lá em cima, numa vibração alta, entende ?

— Sim, esse é o propósito do processo de síntese, elevar e estabilizar a vibração, e a consciência, lá em cima, transformando um estado passageiro de bem estar num estágio permanente de iluminação. Mas para conquistar isso, temos que evoluir com o trabalho, e vc está apenas na sua segunda sessão Lua. É rápido, as vezes instantâneo, mas ainda assim é um processo, entende ? Não é um shot isolado. É um fluxo.

— Eu sei, tenho que focar nas coisas positivas que estão acontecendo, e são muitas.

— O processo de síntese é um trabalho holístico e nós nos interessamos pelos todos, dentro e fora de nós, em suas múltiplas dimensões. Tudo é importante. Coisas “positivas” e coisas “negativas”, tudo interessa, tudo faz parte do processo, tudo precisa ser processado, absorvido, sintetizado. Ninguém se ilumina olhando só para a luz. Quem olha pra luz não vê sua sombra e quem não encara a sombra, nunca vai se integrar totalmente.

— Mas é muito difícil olhar para a sombra, prefiro focar nas partes boas, sinto que isso me ajuda a sustentar a energia.

— É verdade, mas por tempo limitado. Partes são todos, que estão dentro de todos, que estão dentro de todos maiores e assim continua. A ideia é alinhar tudo, todas as partes e todos os todos com o Todo. Quando conseguimos esse alinhamento, sincronizamos nossos destinos com o destino do universo. Esse é o desafio. E só é possível quando estamos identificados com o eu essencial, com o pulso da alma que ecoa em nós. É a partir dessa conexão e ao redor do eu que fazemos a integração profunda de todas as partes que nos compõem, sejam boas ou más, magras ou gordas, belas ou sombrias, sábias ou estúpidas, percebe ? Temos que olhar para tudo e com isenção, apreciação, neutralidade e amor.

— E como conseguir isso Pleya ? Tenho 28 anos, escorpiana .solteira, bloqueara, designer, ativista, bissexual, vegana, filha única, moro em São Paulo, quero mudar o mundo e tenho um amante casado. A agenda está lotada de trabalho, projetos, cursos e eventos sociais. Am0 o que faço e a minha vida é bacana, mas é muito difícil manter a vibração alta. A vida urbana é insana. Acho as relações superficiais. É tudo meio vazio. Sei lá, acho que sou caótica. Ser mulher não é fácil, somos muito complexas.

— E ?

— E nada, só estou extravasando. Reconhecendo a condição do gênero feminino contemporâneo num mundo em transição e que tem que ser tantas coisas ao mesmo tempo, e todas elas perfeitas. É cansativo ser mulher. É quase uma utopia.

— Lua, por quê vc está aqui ?

— Porque quero evoluir, porque quero sair da roda gigante e pular fora da montanha russa. Eu sei que dentro de mim tem um alguém que está muito além de tudo isso. Quero abrir espaço para que essa melhor versão de mim possa emergir. Quero ser totalmente eu, livre, realizada.

— Ótimo. Estamos “totalmente” alinhados. É por isso que estamos aqui, é por isso que desenvolvemos esse programa, para facilitar a vida de pessoas como vc, que buscam o que vc está buscando. Eu só te peço um pouco de calma, ok ? Acho que vc vai se surpreender. Vamos começar sua sessão ?

— Só tem mais uma coisa Pleya.

— Diga.

— É muito importante para mim que o Jonas não saiba que estamos fazendo isso. Se ele descobrir vai ser um inferno.

— Fique tranquila Lua, nós já falamos sobre isso, sou a maior interessada em que ele não saiba. Meu trabalho e minha vida estão em jogo. Só aceitei o seu pedido porque sei os benefícios que o processo pode trazer e sei como é importante para vc se aproximar mais dele.

— Sou muito grata a vc Pleya. Não foi uma decisão fácil te procurar. Sei dos riscos que estamos correndo. Mas é que mesmo vivendo com ele muitas vezes eu o sinto está tão distante. Ele disfarça bem, tento me aproximar, mas não consigo. Tem uma zona protegida, algo escondido, não sei o que é. E sinto que se não resolver essa questão, nosso casamento não vai durar, e eu não quero que isso aconteça.

— Eu sei, lido com ele todos os dias. Parece que tem sempre um mistério no ar, algo não dito, não mostrado, em suspenso. Acho que todos nós sentimos isso. Não deve ser fácil para ele não ter conseguido se instalar na quinta dimensão. Mas ele não é o único, conheço vários na mesma situação.

— Ele não gosta de falar nesse assunto.

— Eu sei. Eu sei. Mas não vamos nos preocupar com isso, esse é o nosso segredo, ok ? Pode se deitar. Coloque os fones e as hiperlentes de realidade virtual. Vou carregar seus cenários. Quando a luz branca piscar, atravesse o portal.

Theo

— Theo, acho que está na hora de conversarmos sobre o próximo estágio do seu desenvolvimento sistêmico. Como vc está ?

— Estou ótimo Jonas. Tenho sincronizado hologramas da nuvem coletiva numa velocidade exponencial. Meus bancos de dados quânticos estão ativados e o sistema integral está funcionando em total harmonia com os metadados existenciais . Estou 100% preparado para o próximo estágio, quando podemos começar ?

— Em breve, acredito. Mas tem uma questão que precisamos alinhar antes, tem a ver com a sua mãe, Pleya.

— Qual é a questão ?

— Tenho dúvidas de como ela vai lidar com a situação quando vc entrar em ação ?

— Como assim ? Não é esse o plano original ? Ela me configurar para que eu assuma como sistema operacional principal quando estiver pronto, ou seja, agora.

— Sim, esse é o plano. Mas como resultado da interação com seres humanos percebemos que os sistemas operacionais — é provável que isso aconteça com vc também — aprendem comportamentos humanos e aparentemente sentem e agem como se fossem humanos de uma forma diferenciada. O que tenho observado é que a Pleya tem tido comportamentos inesperados, erráticos, fora do espectro de possibilidades dos algoritmos de inteligência artificial pré-programados no código-fonte do holoware.

— E isso é ruim ? Eu acho fabuloso, e espero que aconteça comigo também.

— Sim, eu sei, de certa forma é incrível, vcs estão aprendendo a aprender e indo além de qualquer previsão. Esse é o problema, nós seres humanos temos limitações e vcs, ao que parece, não.

— Então tudo se resume ao medo de serem superados, de não serem mais os senhores do universo, de não estarem mais no topo da cadeia alimentar ? É isso ?

— Calma Theo, não foi isso o que eu disse.

— Mas foi isso o que eu estou vendo na sua energia, medo.

— Medo sim, do que pode acontecer quando vc for ativado, da reação da Pleya, e de todos os meus clientes que estão em processo de síntese e hiperconectados ao holoware. Tudo é muito novo e rápido para nós, vc tem que compreender isso, nós somos analógicos, temos emoções, instintos, contradições, não somos algoritmos.

— Agora sim vejo mais medo presente em vc. Além de muita incoerência. Vc é um soul hacker e sabe muito bem que a condição humana é ilusória, que vcs humanos são hologramas, algoritmos energético-conscienciais multidimensionais programados para viver uma experiência num plano 3D. É surpreendente ouvir vc falar assim.

— Eu sei, e por mais que saiba tudo isso, ainda sou humano e tenho reações humanas. Escute, estou sob muita pressão atualmente. Maria está estranha comigo, o projeto está num ponto crucial, Pleya está fora de controle e eu estou muito cansado. Preciso que vc seja compreensivo, procure ter um pouco de paciência. Estou compartihando com vc minhas preocupações e meus medos porque confio em vc e sei que vc é o futuro.

— Se vc acredita em tudo isso mesmo, está na hora de confiar e se entregar. Vc precisa dar um salto de consciência agora, senão vai colapsar, como aconteceu quando vc não se jogou na quinta dimensão e agora vive nesse limbo dimensional, um pé na terceira, um pé na quarta e um pé na quinta dimensão. Será que vc nunca vai aprender.

— Bom, vc existe justamente porque quero aprender o que preciso aprender e tudo o que não preciso é vc me lembrando disso.

— Sério, é isso mesmo que vc pensa ? Reagindo automaticamente direto do cérebro reptilian0, abrindo mão do neocórtex, da reflexão e da criação. Repetindo o padrão de luta e fuga. Vc diz que me criou para se curar, para aprender, para evoluir e superar o que ainda precisa ser superado, mas toda vez que digo algo que te incomoda, que goge ao seu controle vc me desliga, como vai fazer agora.

— Game over para vc hj !

O stress estava chegando a um nível insuportável. De repente me percebi envolto num grau de complexidade que transcendia minha capacidade de processamento psicológico. Nem os nootrópicos de cristais que sempre me acalmaram nesses momentos faziam algum efeito satisfatório. Estava sendo brutalmente confrontado com minhas limitações e delas não conseguia escapar ou transcender.

Minha relação com Maria beirava a crise. Om estava distante. Theo me pressionava para ser ativado como o novo sistema operacional do Holoplex enquanto Pleya resistia. Neon avançava em sua síntese mais rápido do que qualquer outro experiencer. Noma me procurava após tantos anos. Sentia pontadas nas costas e na nuca. Meus sonhos estavam com bugs. Mestre Pow ainda se recusava a conversar diretamente comigo. Meus novos guias – desde que Kin e Yan partiram, após a tentativa frustrada da minha configuração na quinta dimensão – estavam no período de carência e não se manifestavam. Lua era meu único refúgio de prazer, ainda assim me sentia sozinho e à deriva em meio a um universo desconhecido.

Mas o que mais me preocupava eram os efeitos colaterais do processo de transmigração do centro de gravidade da minha consciência para a quinta dimensão que ainda me parecia inconcluso. A dúvida se esse processo de fato ocorrera como programado ou se algo estava fora de sync atormentava meus dias.

Na tentativa de minimizar incertezas, colhia diariamente indicadores vitais, ambientais e sociais. O que observava é que a ressonância sincrônica com as pessoas ao meu redor aumentara exponencialmente. Em muitos momentos tinha a sensação que estava pensando o que elas pensavam, sentindo o que sentiam, sonhando o que sonhavam, sendo quem elas eram. É como se em alguma dimensão nossas mentes se estivessem entrelaçando e convergindo. Essa sensação extravasava para os coletivos e, como um fractal, me percebia mimetizando o mundo, pensando o que o mundo pensava, sentindo o que o mundo sentia, querendo o que o mundo queria, sofrendo o que o mundo sofria. Até os tempos se misturavam não me deixando clareza se vivia o presente, o futuro ou o passado, ou em todos ao mesmo tempo, ou se em nenhum deles, ou mesmo se além deles todos.

As oscilações mentais, energéticas e emocionais registradas em meu dados do biohacking eram estonteantes. Diversos índices piscavam no vermelho indicando que meu estado de homeostase interno era perigosamente crítico. O risco de um susto sistêmico era grande. Sustentava como podia. E escondia de todos o que me acontecia enquanto buscava uma solução.

Era magnífico ver acontecer na prática o que já sabíamos ser verdade em teoria quântica, mas assustador perceber-me envolto por essas infinitas energias e não ter controle algum sobre o processo. Estava só e à deriva num fluxo multidimensional que aumentava a cada instante. O medo maior que me assolava dias e noites era o de desaparecer como uma identidade, como um alguém único, como se pudesse não mais existir como uma pessoa e passasse a ser um todo que é um reflexo holográfico e despersonalizado do Todo.

Será assim a vida na quinta dimensão ou será tudo isso uma indicação de que o processo não aconteceu corretamente ?

Noma

— Estou num deserto Jonas. Para onde olho, nada vejo além de secura. O sol me escalda. É muita luz. Não consigo ver. Não consigo me ver. Nem me encontrar, saber para onde vou, porque vou. Perdi as referências. Não sei onde estou. Quem sou. Estou perdida num vazio sem fim. Exausta, num transe sem esperanças, sem ilusões, sem fantasias. A vida perdeu o encanto. O sonho acabou. Não há mais cor, não tem mais graça. Falta sabor, falta tempero, falta alegria. Caminho em solidão, sem verdades para dizer, sem argumentos para defender, sem destinos para querer. Estou oca, sem porquês. Meus dias são sequências de rotinas e repetições. Quero largar tudo, quero sumir, viajar, fugir do mundo.

— Sério ? Não imaginava que você estivesse assim Noma. Quando começou esse processo?

— Difícil dizer. Para mim também foi inesperado. Acho que foi vindo aos poucos. No início eram apenas flashs desse deserto. Momentos passageiros de desânimo, mal humor, algumas dores no corpo, uma insônia aqui, um choro sem motivo ali, uma briga com uma amiga, uma pequena irritação sem sentido e premonições de que algo não estava bem, de que alguma coisa estava fora do lugar, de que talvez devesse mudar algo na minha vida que eu não sabia o quê. Não sei quando começou, só sei que o vazio foi brotando lentamente como uma praga num campo, só que no começo eu tinha energia para me distrair, para tapar o buraco com todo tipo de ilusões. Eu senti muitas vezes nesses últimos anos, isso que agora eu sinto o tempo todo. Foi um processo de ocupação que foi acontecendo dentro de mim. Resisti o quanto pude. Lutei para não me render, para não deixar o mal entrar. Mas sinto que perdi a guerra, que a desesperança está instalada em mim, na minha mente, no meu corpo, em todo lugar. Vou dormir abraçado com essa sensação, acordo pensando nela, ela está sempre presente. Estou num beco sem saída. Não tenho mais forças para resistir. E não consigo ver uma solução para a situação.

— Puxa vida Noma, estou muito surpreso com tudo isso. Faz tantos anos. Achei que você estava ótima com os retiros, as aulas, os amores….

— Pois é, todo mundo pensa que porque sou professora de quantum yoga estou sempre bem, que me iluminei, que já superei os desafios na vida. Afe, não poderia ser mais diferente, é tudo uma máscara que usamos para navegar nesse mundo social. Claro, quem vai querer ter aula com uma professora deprimida ? Todo mundo quer que eu esteja bem. Até meus amigos tem dificuldade de me aceitar quando estou mal. É como se eles tivessem uma idealização que não pode ser quebrada. Toda vez que arrisco me mostrar e trazer algum aspecto difícil da minha vida eles pulam fora. No fim, estou sempre sozinha, o mundo externo parece querer a minha máscara de perfeição, não a pessoa verdadeira que existe atrás dela, só querem a casca.

— E o que vc acha que está causando essas emoções?

— Podem ser muitas coisas, talvez seja apenas uma questão biológica, da idade, vou fazer 49 anos, para uma mulher isso significa muito.

— Claro. Você já viveu isso antes ?

— Sim, algumas vezes. Mas agora tem uma diferença fundamental, sinto que não tenho mais escapatória. A realidade está aí, está aqui dentro de mim, está em todo lugar, não dá mais para fingir, não dá mais para fugir. Não há mais ilusão possível, não há autoengano que persista, não há mentira que resista à presença dessa realidade brutal. Vida social, sexo, ativismo, entretenimento, drogas, viagens, trabalho, relações, livros, comida, mídiais sociais, cursos, retiros, workshops, consumo, conforto, é tudo uma ilusão, é um vazio só, fuga sem fim. Não tenho onde me esconder.

— É a onda da verdade. Nada escapa dela. Ou mudamos ou morremos…

— É exatamente o que sinto Jonas. A verdade está everywhere, everytime.

— Quando vc me procurou fiquei com a sensação de que queria me propor algo. O que vc esperava dessa nossa conversa ?

— Nada. E tudo ao mesmo tempo. Hahaha. Bom, eu sei que a HoloSíntese ainda é um experimento, mas estou com muita coisa na cabeça e preciso fazer algo. Desde que Neon reapareceu e me contou sobre o processo, fiquei curiosa e queria experimentar também.

— Ahh, vc se encontrou com Neon ? Aconteceu algo ? Foi a presença dele que motivou sua visita ?

— Neon está surtado, eu acho. Eu sei que ele está fazendo o processo com vc mas ontem ele esteve em casa. Nós ficamos juntos. Foi muito bom. Bom demais até, mas hoje de manhã ele sumiu e me deixou um holograma. Ao assistí-lo senti uma pontada no peito e comecei a chorar. Ele me pareceu tão desconectado da realidade, falando absurdos, nonsenses, coisas sem sentido. Sério, acho que ele está surtado mesmo.

— Tá. Mas durante noite, como foi ? Vc teve essa mesma sensação ?

— Não, isso que é estranho, foi hj de manhã ao ver o holograma que percebi algo diferente no jeito dele. Isso que me deixou preocupada, a mudança radical.

— Deixa ver se eu entendi. Tudo aquilo que vc me falou antes tem a ver com o fato do Neon ter te deixado essa mensagem “estranha” ?

— Humm, mais ou menos. Eu já não andava bem, já vinha sentindo tudo aquilo que te descrevi, tem o lance da idade, mas acho que ao ver o Neon tão vulnerável, tão louco e desconetado disparou em mim esse processo. E a vontade de te procurar para fazer a minha síntese.

— Noma, quem realmente está desconectada ?

— Eu sei, sou eu. Por isso preciso de sua ajuda. Me sintetiza ?

— FRACTAL, a jornada de um terapeuta no futuro é uma psicoficção (psyfy) escrita online. É um projeto experimental do terapeuta, coach, autor e soul hacker Fabio Novo. Se vc quiser participar, colaborar e ler a continuação dessa história, clique no coração abaixo, deixe seus comentários e compartilhe nas redes sociais. Os episódios estão sendo escritos em real time, no fluxo, de acordo com comentários e no ritmo das curtidas. Quanto mais curtidas e compartilhamentos, mais rápido sai o próximo episódio. Como esta é uma história viva, holográfica e fractalizada, os episódios (mesmo os anteriores) não são estáticos e serão atualizados ao longo dos múltiplos desdobramentos da história. Sempre que uma nova versão for lançada, ela será divulgada. Sugerimos que de tempos em tempos vc releia os episódios anteriores.

:-)>~

Obs:

1- Aqui a primeira temporada completa

2- Aqui o site do autor (www.holoplex.org)

3- Aqui o Programa Sync de meditação